resenha do filme S1m0ne

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S1mone o filme da época

Simone (oficialmente é S1m0ne, uma analogia aos zeros e uns que os computadores interpretam) faz dessa especulação um filme. Escrito e dirigido pelo competente Andrew Niccol, o responsável pelo brilhante roteiro deO Show de Truman – O Show da Vida, Simone é uma personagem totalmente digital, criada por um viciado em computadores. Convenientemente, o software responsável pela existência de Simone pára nas mãos do diretor de filmes de arte Victor Taranski, um sujeito que tem até um certo talento, mas que ainda não conseguiu criar o trabalho que defina a sua carreira. Lidar com estrelas é sempre um problema pra ele, sobretudo quando se sofre a pressão dos executivos do estúdio (e quando um desses executivos é a sua ex-esposa).
Com o milagroso software, Taranski consegue dar vida e colocar na tela não apenas um monte de pixels perfeitamente renderizados, mas uma atriz que realmente parece ser real e que, pelo menos para o mundo criado para o filme, é extremamente talentosa. Taranski usa Simone em uma experiência para tentar salvar um de seus novos filmes do cancelamento e, inesperadamente, consegue um sucesso de crítica e público fabuloso (o que, convenhamos, é algo raro para um filme de arte). Faminto por mais sucesso, logo ele lança um novo filme, com a mesma técnica. E consegue um sucesso maior ainda.
Taranski é a nova revelação de Hollywood, e Simone ganha as manchetes e capas de revistas de todo o planeta. O problema – e coloca problema nisso! – é a dificuldade de Taranski em “esconder” Simone. O filme, nesses momentos, adquire status de comédia quase pastelão, que funciona muito bem, com algumas cenas especialmente hilariantes, como quando a ex-esposa de Taranski insiste em ter uma conversa pessoal, face-a-face, com Simone. A alternativa encontrada pelo diretor para essa conversa é incrivelmente divertida – na minha opinião, a cena mais engraçada do filme.
Mas Simone é um filme muito mais complexo que apenas uma comédia sobre os

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