Resenha do Filme Persépolis
Persépolis é uma obra auto-biográfica da iraniana Marjane Satrapi, que começa a ser narrada quando a autora tinha por volta dos 10 anos de idade, e vivia em meio a ditadura do monarca Xá em seu país. Ao longo da narrativa, Marjane conta como foi viver na ditadura do Irã, como foi sua experiência como imigrante na Áustria, e como foi retornar a seu país depois de anos.
Marjane, ainda criança, é inserida no contexto político de seu país, que vivia uma intensa guerra contra o governo opressor de Xá. Na história, Marjane tem como principal influência, sua avó, que tem um caráter liberal, e que a direciona para um caminho onde ela acaba se tornando uma mulher um tanto quanto rebelde, e que luta por seus direitos dentro da ditadura. Com isso a autora busca mostrar ao leitor que todos devem lutar por seus direitos, e não ser subordinado à ditadura. Com o passar da ditadura opressiva de Xá, um regime baseado na religião, não menos cruel do que o regime anterior, que impôs dentre muitas coisas, o uso do véu para a mulher, e que era regido por grupos islâmicos fanáticos toma posse no Irã, e com isso Marjane é mandada para Viena, capital da Áustria por seus pais, que temiam que o excesso de bombardeios, confrontos bélicos e sumiço de pessoas chegasse a afetar ela.
Marjane passa por momentos muito complicados na Áustria, enfrenta emoções típicas de uma adolescente, relacionadas à liberdade, amor e a tristeza por estar longe da família, entretanto, ganha um pouco para sua individualidade, entrando para o mundo dos prazeres do punk rock e da cultura alternativa. Além disso, o filme mostra como o povo austríaco, um povo que nunca havia sentido os verdadeiros efeitos de uma guerra se comportava, o que fez com que Marjane se sentisse completamente deslocada e desconfortável, enfrentando o dilema de se manter em Viena e ter um mínimo de liberdade, ou voltar para sua terra e abrir mão de sua individualidade, que é o que acontece.
Em seu