Resenha de “A imagem da Grécia Antiga como uma ferramenta para o colonialismo e para a hegemonia europeia”

1039 palavras 5 páginas
Autor
Martin Bernal nasceu em Londres, 1937. Doutor em História da China pela Universidade de Cambridge, no ano de 1966, especialista em política comparada do Oriente Médio, África e Ásia Oriental. Seu trabalho mais conhecido é Black Athena: The Afroasiatic Roots of Classic Civilization (em tradução livre: Atenas Negra: As Rotas Afroasiáticas da Civilização Clássica). Faleceu em 2013.
“A imagem da Grécia Antiga como uma ferramenta para o colonialismo e para a hegemonia europeia”
Estrutura
O texto consistem em um capítulo do livro Repensando o Mundo Antigo, organizado por Pedro Paulo Funari e com traduções de Fábio Adriano Hering e Glaydson José da Silva. Possui um considerável número de explicações em notas de rodapé, tornando possível a leitura do material mesmo sem conhecimentos anteriores no assunto tratado e explicitando informações dadas e suas fontes. O estilo, embora sério, possui um tom levemente mordaz, especialmente ao se referir aos fundamentos do Modelo Ariano (o qual será tratado à frente neste resumo), mantendo-se de acordo com a postura adotada pelo autor em relação aos esquemas de interpretação das origens gregas.
Resumo
Ao contrário do pensamento popular de que a área de Estudos Clássicos estaria isolada do contexto moderno, pode-se perceber seu uso, durante os séculos XIX e XX, na legitimação de ideais diversos, provando-a altamente política. É com esse pensamento que Bernal no introduz a seu texto, desde o início apresentando a “manipulação histórica” presente na escrita a respeito da Antiguidade Clássica.
Segue-se uma breve apresentação dos dois modelos interpretativos da Grécia Antiga, Antigo e Ariano, a começar pelo segundo que, de acordo com o autor, mais fortemente influenciou o ensino do tema nas últimas décadas; tal molde considera a cultura grega oriunda de invasões de povos do Norte, falantes de uma língua indo-europeia, que subjugaram os nativos de modo a criar “misturas linguísticas” (uma vez que uma das principais fontes de

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