Resenha de Um estranho no Ninho

O filme “Um Estranho no Ninho” (One Flew Over the Cuckoo's Nest) conta a história de Randle Patrick McMurphy, um homem que, acusado de estupro de vulnerável, é preso, mas passa a apresentar certos tipos de comportamentos considerados típicos de um doente mental, sendo então enviado a um manicômio para a averiguação de uma possível patologia. Na verdade, o que ocorre é uma jogada do próprio McMurphy para tentar escapar da privação de liberdade em uma cadeia. No entanto, o protagonista não esperava encontrar tamanha dificuldade em viver no ambiente de uma instituição total que é o hospital para portadores de transtornos psiquiátricos.
No pensamento de Erving Goffman:
“Uma instituição total pode ser definida como um local de residência e trabalho onde um grande número de indivíduos com situação semelhante, separados da sociedade mais ampla por considerável período de tempo, leva uma vida fechada e formalmente administrada”
Assim no hospital para portadores de transtornos psiquiátricos em que se encontra agora o protagonista, podemos observar que existe um intenso controle sobre quase todos os aspectos da vida dos internados. As atividades são desenvolvidas em conjunto e sob um rigoroso e rígido horário. É possível observar a nítida diferenciação entre classe dirigente, representada principalmente na figura da personagem Mildred Ratched, a enfermeira-chefe, e a classe dos internados representados pelos internos veteranos do hospital, tais como Billy, Martini entre outros.
McMurphy, desde que entra no hospital, se torna um elemento contrário a toda rigorosa política do ambiente daquela instituição. Ele tenta a todo momento ir de encontro aos interesses da classe dirigente, gerando momentos de perturbação da ordem ideal para aquela classe. Ele incita os internos a questionarem sua posição submissa e sua falta de liberdade, ele procura alterar o rígido horário, e incita inúmeras intrigas. Sua posição faz com que os internos passem a ver McMurphy como uma espécie de