Resenha de Tempos Modernos

lançado em 1936, bem no meio da crise conhecida como a Grande depressão, o filme “Tempos Modernos” escrito, dirigido e estrelado por Charles Chaplin faz uma crítica às questões sociais vividas naquela época, como a Indústria, a Iniciativa Privada e a humanidade em busca da felicidade. O enredo do filme gira em torno de dois personagens principais, o próprio
Charles Chaplin, um cidadão da classe proletária e uma jovem órfã, vulneráveis às intempéries sócio-econômicas vividas naqueles tempos, na busca constante pela sobrevivência e felicidade.
O Filme inicialmente retrata a massificação da sociedade, chegando a comparar os trabalhadores de uma fábrica com uma boiada, mostrando a falta de individualidade que aquele sistema industrial provocava, onde o ser humano é apenas um a mais, uma peça substituível na grande engrenagem Industrial. Retrata também a desumanização do processo, mais voltado à produção e aos resultados do que ao ser humano, suas limitações e peculiaridades. O ser humano era visto apenas como parte impessoal do processo.
A outra personagem principal, uma órfã que se viu sem teto, foragida da justiça por ser menor de idade e separada de suas duas irmãs quando da morte de seu pai em uma manifestação trabalhista, acaba se encontrando com o personagem de Charles Chaplin e então passam a compartilhar sua busca pela sobrevivência e felicidade até o final do filme.
A crise conhecida como “A grande depressão”, se iniciou no final da década de 1920, explodiu em 1929 com a quebra da bolsa de Nova Yorque, chegando ao seu auge em 1933 quando começou a regredir por conta do programa “new XXX” sendo totalmente superada apenas na segunda guerra mundial. É nesse contexto em 1936 de altos índices de desemprego, parca legislação trabalhista, queda do P.I.B. Que afetou não somente os Estados Unidos da América, mas vários países pelo mundo, que filme se desenrolou, buscando fazer uma crítica às relações trabalhistas da época e aos anseios da