resenha de autismo
O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma investigação acerca do impacto do
Transtorno Autista na família dos portadores. O Transtorno Autista é considerado um
Transtorno Global do Desenvolvimento, com características graves e comprometedoras.
Caracteriza-se por uma intensa dificuldade na interação social e na comunicação com padrões repetitivos e restritos no comportamento, atividades e interesses. O Transtorno do Autismo afeta a família de várias maneiras desde o stress emocional do diagnóstico inicial até o estresse financeiro em curso de tratamentos caros e terapias, deficiência das políticas publicas e o preconceito que esta enfrenta diante da sociedade. A somatória destes fatores tendem a abalar as relações familiares e, em alguns casos há a possibilidade do rompimento de vínculos (Barbosa; Fernandes, 2009);
Esta sobrecarga familiar é apontada por diversos autores como sendo uma consequência do próprio transtorno Autista, gerando uma dependência intensa e constante do portador em relação aos seus cuidadores. HISTÓRICO E CONCEITO DO AUTISMO
Em uma das primeiras publicações a respeito do autismo, Kanner o descreveu sob o nome “Distúrbios Autísticos do Contato Afetivo” um quadro caracterizado por isolamento extremo, obsessividade, estereotipias e ecolalia. Este conjunto de Sinais foi por ele visualizado como uma doença específica relacionada a fenômenos da linha esquizofrênica. (CAMARGOS JR, 2005).
Em seu trabalho de 1954, Kanner continua descrevendo o quadro como uma “psicose” referindo que
Todos os exames clínicos e laboratoriais foram incapazes de fornecerem dados consistentes no que se relacionava a sua etiologia, diferenciando-o dos quadros deficitários sensoriais como a afasia congênita e dos quadros ligados às oligofrenias, novamente considerando-o uma verdadeira psicose (Kanner, 1954 apud ASSUMPÇÃO JR., 2005. p.16)
Em 1976 surgem as primeiras alterações da concepção, de Kanner a qual o