Resenha de arquitetura da destruição

O documentário Arquitetura da Destruição, do diretor Peter Cohen, retrata a trajetória de Hitler e seus aliados durante a eclosão do nazismo na Alemanha, bem como o início da Segunda Grande Guerra Mundial. O documentário também mostra que Hitler sempre sonhou em ser um grande artista, utilizando seus projetos arquitetônicos e teorias após sua ascensão, negando a arte modernista, considerada por ele como uma arte degenerada, associada ao bolchevismo russo e aos judeus, alvos da perseguição nazista. Para os nazistas, a arte moderna distorcia o real valor humano e acabavam por representar as deformações genéticas que existiam na sociedade, enquanto o nazismo defendia o ideal de beleza relacionado com a saúde, procurando eliminar todas as doenças que causavam as deformações no povo.
Arquitetura da Destruição relata justamente como se dava essa relação dos nazistas com as obras artísticas existentes na Alemanha e com os países dominados, pois no período de ascensão do nazismo, floresciam na Europa diversas teorias raciais que influenciaram Hitler, fazendo com que ele desenvolvesse uma forte política dominadora pautada na ideia de uma limpeza e purificação dos povos, se posicionado contra a arte modernista.
O documentário também nos faz perceber como a arte foi importante na propaganda política nazista, já que a publicidade consistiu em uma importante forma de veiculação da ideologia nazista, que auxiliou na difusão da proposta de um nacionalismo exacerbado e de uma visão que acreditava ser a raça ariana superior a todas as outras.
O corpo, o belo, são extremamente valorizados pelo nazismo, que buscou, assim, erradicar, de uma forma cruel e banal, os males que afetavam a sociedade no ponto de vista de Hitler. Dessa forma, percebe-se que o embelezamento do povo está vinculado a ideia de limpeza, varredura, daqueles que deformavam a sociedade.
O filme ainda dedica um bom tempo mostrando a perseguição e eliminação dos judeus como parte desse processo de purificação dos