Resenha Dafra Motors

RESENHA: Dafra acirra disputa em mercado de motos populares. - por Wagner Afonso

No disputado mercado de bens de consumo, poucas empresas conseguiram nos últimos tempos aproveitar de maneira tão contundente a possibilidade de ganhar terreno rapidamente quanto à fabricante brasileira de motocicletas Dafra. Em pouco menos de um ano, a empresa conquistou uma fatia respeitável do mercado: saiu do zero em fevereiro de 2008, quando iniciou suas atividades, para tornar-se a quarta maior do setor, com uma participação de mercado próxima de 5,5%, em apenas seis meses de operação (MEYER (2009).

Criada em 2008, com investimento de 100 milhões de reais do grupo Itavema, a fabricante de motocicletas pretendia revolucionar o mercado de motos no Brasil. Assim, o Grupo Itavema construiu em Manaus uma fábrica de motos e a marca Dafra. A empresa começou a produzir no segundo semestre de 2007, viveu o bom momento do setor em 2008, sobreviveu ao período de escassez de crédito em 2009 e ao período ruim que o mercado de duas rodas vem enfrentando desde 2012, também pelo rigor na aprovação de financiamentos.

O grande pulo do gato se dava pelo fato de que as motos viriam da China, onde os custos de produção são mais baixos, fazendo com que a concorrência por preço fosse imbatível. Em pouco mais de 11 meses a Dafra conseguiu alcançar 4,66% da participação do mercado, ficando atrás da líder Honda e da Yamaha – que somadas possuem 90% do mercado. Com esse resultado, a marca passou à frente da concorrente Sundown Motos, há mais de três anos no mercado, e pouco atrás da Suzuki Motos, com 5,37% de participação e 17 anos de estrada.
Mas não era só isso.
Para Meyer (2009) a Dafra contava com executivos experientes no segmento automotivo. Um deles, o empresário Mário Sérgio Moreira Franco, dono da maior rede de concessionárias de veículos do país, a Itavema, com faturamento anual de quase 6 bilhões de reais. Sua experiência foi fundamental para o crescimento da Dafra, sobretudo no