Resenha crítica Kiss me, Kate
Kiss me Kate é um musical Old Broadway de 1953, que conta a história de uma companhia de teatro que está produzindo uma versão musical de “A Megera domada” de Shakespeare. Em seu elenco, estão Kathryn Grayson, Howard Keel, Ann Miller, Tommy Rall, Bob Fosse, entre outros.
O filme traça a relação entre o diretor Fred Graham e sua Ex-esposa Lilli Vanessi, dos quais os mesmos são protagonistas do musical, nos papéis shakespearianos de Petruchio e Katherine. Apesar de ainda estarem apaixonados, os dois não possuem um relacionamento amigável, porém depois de um mal entendido eles iniciam o espetáculo em uma relação de carinho.
Além destes, temos Lois Lane, uma atriz, cantora e bailarina, que não tem problemas com sua sensualidade, e seu namorado viciado em jogos de azar Bill Calhoun, bem como um par de gangsters, equivocadamente correndo atrás de Fred, devido a mais recente dívida de Bill, tudo isso no dia da estréia do espetáculo, onde acontecem vários eventos paralelos, tanto no palco e na coxia: Uma briga de ego entre Fred e Lilli, Lois preocupada com a última divida de seu namorado Bill, esta que está sendo cobrada por dois gangsters a Fred, e o desenvolvimento do espetáculo.
O filme é bem atraente, belos timbres e canções perfeitamente encaixadas nas situações do filme, assim como os números de dança, estes espetaculares, coreografias impecáveis e a conciliação com a música cantada, o que torna os números incríveis.
As personagens da atriz Kathryn Grayson (Lilli Vanessi e Katherine/Kate) trazem a beleza de uma cantora lírica soprano, mas com a capacidade de ser versátil em um momento peculiar, durante a canção “I hate men” onde ela canta de uma forma mais limpa e clara, com força, demonstrando raiva. Diferente de “So in Love” esta cantada impecavelmente lírica. Canta com a emissão girada, seu vibrato é laríngeo, usa respiração italiana, utiliza o ataque suave e as vezes o cheking, e canta sempre com floating no fraseado.