Resenha Crítica: Há Esperança na Diversidade?
SILVA, A.C; NEMBRI, A.G. Ouvindo o Silêncio:
Surdez, Linguagem e Educação. Porto Alegre:
Editora Mediação, 2010.
SKLIAR, C. Os Estudos Surdos em Educação:
Problematizando a normalidade. In: SKLIAR, C.
Surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto
Alegre, Editora Mediação, 1998.
MOURA, M. C. O Surdo: caminhos para uma nova identidade. Rio de Janeiro: Revinter,
2000.
STROBEL, K. As imagens do outro sobre a cultura surda. Florianópolis: Editora da UFSC,
2008.
Resenha Crítica: Há Esperança na Diversidade?
Esta resenha irá abordar textos relacionados a surdez e suas peculiaridades.O primeiro Os Estudos Surdos em Educação: problematizando a normalidade de Skliar como o próprio título já diz mostra alguns estudos que problematizavam o normal, ou seja, tratava a surdez como uma “doença” a ser cuidada ou como o autor utiliza o termo “medicalização da surdez”. Com isso buscava se naturalizar o surdo em ouvinte, considerando-o anormal, então desejavam normalizá-lo, porém dessa forma o surdo não era respeitado e muito menos tinha uma educação adequada as suas necessidades.
A ideologia do ouvintismo obriga o surdo a olhar-se e a narrar-se como se fosse ouvinte, aí entra a medicalização da surdez e em consequência disso há a perda da comunicação concluindo que a surdez representa uma deficiência a ser “curada”, contudo havia alguns opositores, sendo assim a ideologia dominante ultrapassou os limites da instituição escolar que seguia um currículo oralista, porém este fato não impediu que em 1880 no Congresso de Milão fosse proposto o fim do gestualismo e a legitimação do oralismo/ouvintismo, que contava com o apoio de alguns surdos que falavam um pouco e que acreditavam que a ciência e a tecnologia progrediriam a ponto da “cura”.
O ouvintismo buscava não somente fazer com que os surdos falassem e fossem como ouvintes, mas dentro deste pressuposto havia ideias filosóficas e religiosas juntamente com várias formas de colonização do currículo, no qual