Resenha Crítica do livro autobiográfico Samuel Wainer

WAINER, Samuel. Minha razão de viver: memórias de um repórter. Eds. Augusto Nunes e Pinky Wainer. São Paulo: Planeta, 2005.

Minha razão de viver é um livro autobiográfico de Samuel Wainer, que foi editado por sua filha Pinky Wainer e escrito baseado em relatos gravados em fitas e em primeira pessoa pelo próprio Samuel Wainer, onde narra desde sua infância até suas memórias no jornal “Ultima Hora”, o livro foi publicado alguns anos após sua morte. A primeira parte do livro inicia narrando o acontecimento de uma das entrevistas mais importantes da carreira de Samuel que acontece com Getúlio Vargas, no qual se tornou amigo, conseguindo arrancar elogios do político; recebendo dele o apelido de “profeta” e através dele teve a oportunidade de conhecer outros nomes de peso da política brasileira. Narra também momentos difíceis vividos por ele, quando se sentiu mal e foi procurar um médico, fez alguns exames e descobriu que estava com tuberculose, do qual se curou após tratamento em um sanatório em Palmira e alguns meses de reclusão após intenso processo medicamentoso. Samuel Wainer nasceu na Rússia, em Bessarábia e é filho de imigrantes judeus erradicados em São Paulo, em Bom Retiro na capital paulista. Teve uma infância difícil que com mais oito irmão chegou aos dois anos no Brasil. Casou-se três vezes, sua primeira mulher foi Bluma, depois Isa de Sá Reis, e Danuza Leão, e teve três filhos, Pinky Wainer, Samuel Wainer Filho, Bruno Wainer. No Rio de Janeiro se descobriu como jornalista e participou da escrita de vários conteúdos jornalísticos como o jornal da Associação de Estudantes Israelitas. No início da expansão do nazismo em 1933, aceitou ser responsável por uma coluna no “Diário de Notícias”, encarregada de divulgar pontos de vista da colônia israelita, depois em colaboração com Israel Dines, fez a edição de um almanaque que expunha a opinião dos Judeus. Passou pela “Revista Brasileira”, que era uma espécie de livro editado mensalmente com mais de