Resenha crítica da parte 3, “Um legado selvagem” do documentário “A História do Racismo e do Escravisco”, da emissora de televisão British Broadcasting Corporation (BBC)

2450 palavras 10 páginas
O documentário "A História do Racismo e do Escravismo" foi produzido pela emissora de telecomunicação British Broadcasting Corporation (BBC), com o intuito de colocar à disposição da população as atrocidades sofridas pela raça negra. Para elaborá-lo, a equipe responsável pela produção foi em busca de depoimentos de pessoas (negras e brancas) que tinham conhecimentos da história de sofrimento, como jornalistas, historiadores, negros e filhos de negros que viveram e sofreram muitas das “chibatadas” que ultrapassou vários séculos. A seguinte análise tem enfoque na parte três da obra, nomeada de “Um legado selvagem”, que expõe a herança histórica do racismo com negros e, na vida de milhares de famílias que sofreram com o terror que foi a repressão dos homens de pele escura e exaltação da raça caucasiana.

O documentário foi produzido pela BBC, em 2007, ano do bicentenário da lei de Abolição ao Trafico de Escravos sobre a História do Racismo. A obra foi dirigida por Paul Tickell e narrado por Sophie Okomedocada e produzida na Inglaterra. A mesma e composta por três partes, com duração de aproximadamente 58 minutos cada.

"Um Legado Selvagem" demonstra, de forma cronológica, como que os negros foram, desde a escravidão, na época colonialista, até os dias atuais sofrendo com a desigualdade social e com a violência. No documentário é relatado como os crioulos sofreram quando foram libertos da escravidão nos EUA. Após a libertação, essa raça permaneceu rechaçada, sem leis que trouxessem direitos de igualdade em relação aos brancos, obrigando-os a doarem seus trabalhos em troca de comida e abrigo, o que não deixa de ser caracterizado como escravidão. Ao contrário, foram outorgadas leis conhecidas como Jim Crow (um espetáculo teatral que ridicularizava seus costumes), no qual os negros tinham que morar em bairros distantes dos brancos, sentar nas cadeiras da parte traseira de ônibus públicos, dar o lugar aos caucasianos; além de não poderem olhar diretamente nos

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