resenha critica - o desenho infantil - criança cega

UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI
CENTRO DE HUMANIDADES
DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS E LITERATURAS
CURSO DE LETRAS
DISCIPLINA: BRAILLE - SISTEMA DE LEITURA E ESCRITA
PROFESSOR: TADEU
ALUNA: KATIA MARIA ALEXANDRE DE JESUS

RESENHA CRÍTICA DA OBRA
DESENHO INFANTIL E SEU ENSINO A CRIANÇAS CEGAS – RAZÕES E MÉTODOS
MARIA LÚCIA BATEZAT DUARTE

CRATO – 2015
Maria Lúcia Batezat Duarte, professora de artes visuais e pesquisadora, mostra em sua obra “Desenho Infantil e Seu Ensino a Crianças Cegas”, as especificidades do desenho infantil e sua importância para a criança cega, partindo do resultado de seu trabalho de ensinar desenho a uma criança cega desde o nascimento. A obra esta dividida em duas partes: As razões, na qual expõe as bases teóricas que constroem o pensamento que leva a prática; e o Método, na qual expõe o percurso e os procedimentos de ensino experimentados. São propostas ainda perguntas como: “Por que as crianças desenham como desenham? Qual a função do desenho na infância? Crianças cegas devem aprender a desenhar? Por quê? Crianças cegas podem aprender a desenhar? Como? Para quê?”.
Na primeira parte da obra, a autora cita, baseando se em Freud e outros teóricos, que a as memórias que gravamos na mente partem das modalidades: gustativa, olfativa, auditiva, visual, tátil, e das percepções do corpo e estímulos, a sensoriomotricidade. A criança utiliza a imagem mental formada na memoria ao representar, através de seus desenhos, tudo o que faz parte da sua experiência de vida. Neste caso, a criança cega, por não ter acesso a modalidade visual, utiliza-se das outras modalidades, principalmente a tátil, para perceber e aprender sobre o mundo ao seu redor.
A autora corrobora as ideias dos estudos de Georges- Henri Luquet, que no inicio do século passado, colecionou e estudou os desenhos feitos por seus filhos e por outras crianças, observando seus componentes básicos (intenção, interpretação, tipo, modelo interno e colorido) e escrevendo sobre as fases do