Resenha Critica Escrita E Letramento No Mundo Digital

Obra: Escrita e Sociedade. Resenhada por Lidiomar Silva Barbosa.
Desde sua invenção, a escrita trilhou um caminho por todas as civilizações, por circunstâncias diferenciadas. No decorrer do tempo, pensadores ilustraram ao mundo a importância da leitura. Um dos mais importantes foi Gustave Flaubert: “Mas não leia como leem as crianças, para se divertir, nem como lê o ambicioso, para se iluminar. Não: leia para viver. Crie em seu espírito uma atmosfera feita das emanações de todos os grandes pensadores” (Dufour, 2009). A escrita interfere de tal forma na sociedade que sem ela, seria impossível uma avaliação crítica dos efeitos da escrita. A escrita proporcionou a capacidade humana de evoluir, de criar e aprimorar o senso crítico e foi essencial na criação das grandes línguas do mundo, caindo no esquecimento os idiomas não escritos, como por exemplo, as línguas indígenas. Vale lembrar que jamais uma sociedade civilizada que foi introduzida a escrita teria a abandonado posteriormente, por ser uma ferramenta indispensável que modela o mundo. A escrita faz parte da civilização, enquanto que a tecnologia faz parte da história, da construção da história e da vida do indivíduo civilizado. Não resta dúvidas que bem ou mal, a sociedade contemporânea tem sido dependente cada vez mais da escrita. Resta saber para onde vai a escrita.
Primeiramente, a língua é quem sofre alterações com influência da digitalização. Na sociedade contemporânea, é comum o reconhecimento amplo da comunidade, no leque de todas as classes sociais, dado às normas codificadas no padrão, pois se espera que a língua escrita se conforme à norma num grau muito mais elevado que a fala. Isso está sendo mudado ao passo que o meio digital permite uma flexibilidade clara, despadronizada, da comunicação. Grafias despadronizadas estão cada vez mais visíveis no CMC (comunicação mediada por computador). Esses desvios da língua não são vistos com bons olhos principalmente pelos educadores que entendem como