resenha critica alice no pais das maravilias

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De longe, o que mais agrada em Alice no País das Maravilhas são os cenários e, principalmente, os tão bem falados figurinos. Esses que são trocados à cada variação de tamanho da personagem, dando uma dinâmica interessante e nos deliciando visualmente. Os cenários são excepcionais. O abuso do contraste azul-laranja, além de tolerado, é muito bem usado, gerando um clima sombrio que nos convence.
Porém, o que de longe desagrada é o roteiro. Inicia-se de uma bela forma, nos apresentando os personagens da realidade de Alice, que subconscientemente interagem com os de sua fantasia. Mas se por esse lado, as nuances presentes na história são louváveis, o desfecho é totalmente previsível e atolado de clichês. A partir do meio do filme já dá para se ter uma ideia de como o mesmo será finalizado. E com a esperança de uma surpresa, o desfecho se dá, e tudo o que previmos é realizado. Insosso e previsível.
O elenco também é algo que deixa a desejar. Johnny Depp mastiga, digere, e vomita seus personagens excêntricos para incorporar o Chapeleiro Maluco. Dá até para nos confundirmos com a primeira aparição do personagem, na cena em que o mesmo atravessa a mesa de chá com todos os trejeitos na forma de andar de Jack Sparrow. Anne Hathaway é outra que força uma rainha mais doce, mas se descontrola toda. Na cena final, ficamos em dúvida se queremos a ruína da rainha perversa, ou da robótica rainha doce.
No fim, Alice no País das Maravilhas nos agrada visualmente. Dá até para perdoar alguns cortes esquisitos, e animações mal feitas – o Valete, cavaleiro da Rainha de Copas chega a ser vergonhoso. O que mais peca, infelizmente, é a história. Para a massa consumidora – e para o público infantil -, o filme funciona como um gostoso

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