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Resenha – A sociedade em rede, de Manuel Castells
Capítulos iniciais

Iniciando seu pensamento a respeito da realidade moderna, Castells cita a revolução tecnológica centrada nas tecnologias da informação como um dos fatores que moldou o cenário atual. Através da dissolução do estatismo soviético, o mundo viu sua geopolítica sofrer alterações drásticas, e o próprio capitalismo foi submetido a reestruturações profundas.
O novo paradigma que se estabelece é acompanhado de perto pelo crescimento exponencial de novas formas e canais de comunicação que, como dito pelo autor, “moldam a vida e são moldados por ela”. Este novo meio possibilita uma integração a nível global — através de uma linguagem digital universal — ao mesmo tempo que permite a personalização destes dados de acordo com cada indivíduo.
Ademais, há o apontamento de que a sociedade não pode ser compreendida quando despida de suas ferramentas tecnológicas, uma vez que a tecnologia é a sua sociedade. Isto denota uma compreensão de que a produção da humanidade — seja esta artística ou até mesmo tecnológica — é apreendida como um atributo fundamental de sua formação, tida quase como um compilado de registros do legado de um povo.
Ao citar o novo paradigma tecnológico, baseado na tecnologia da informação, o autor o caracteriza como o catalisador de uma mudança basilar no caráter da produção, comunicação, gerenciamento e vida. O autor diz ainda que esta revolução, quando difundida para outros países, sofreu alterações de objetivo e aplicações, conforme cada novo participante produzia novos usos e inovações tecnológicas a partir desta tecnologia.
O autor faz um resgate da história humana para inferir sobre a capacidade transformadora de uma tecnologia quando ela é apropriada por um povo, relatando fatos do renascimento europeu até a reestruturação do capitalismo, proveniente da revolução tecnológica, onde o autor diz que “o desenvolvimento e as manifestações dessa revolução tecnológica foram moldados pelas