Resenha - Ascenção do açucar brasileiro

RESENHA

A ascensão do açúcar brasileiro

O texto “A ascensão do açúcar brasileiro” é um dos capítulos do livro 'A construção do escravismo no novo mundo”, de Robin Blackburn. Estudioso dos costumes romanos de seu tempo, Suetônio viveu de 70 a 130 e escreveu a partir de fontes palacianas quando, sob as ordens do imperador Trajano (98-117) era um dos secretários e com Adriano (117-138) era encarregado das bibliotecas e arquivos e foi secratário da correspondência do imperador. No exercício dessas funções teve acesso e pesquisou os arquivos do império que estavam à sua disposição. Nesta, a principal de suas várias obras, ele descreve a vida pública e privada de Júlio Ceasar e dos onze imperadores que o seguiram. Suetônio tenta escrever as biografias de cada um deles descrevendo as origens, as famílias, os tipos físicos, as aparências, as missões militares, as guerras que participaram, os triunfos e as derrotas, as intrigas pelo poder, os amores, os casamentos, as personalidades, a carreira políticas com os cargos ocupados, as enfermidades, as mortes, etc...
O autor, apesar de buscar a preservação e divulgação da história, não demonstra rigor historiográfico. Ele escreve o que lê e também o que houve falar, sem esconder quando cita “o próprio Augusto escreveu que...” ou “Cordo Cremúcio escreve que...” ou “o Senado decretou que...” ou “dizia-se que...” ou “conta-se que...”.
De certo que nem tudo deva ser lido como absoluta verdade, haja vista, as fontes correrem o risco de estarem viciadas, pela oficialidade partidária, pela infâmia e malediscência dos opositores ou mesmo pela memória degradada após os mais de cem anos transcorridos entre os postulados de Augusto e as pesquisas de Suetônio.
O autor inicia a obra tratando das origens de Augusto, da diversidade entre os dois braços da família, oriunda da ordem dos cavaleiros da qual seu pai foi o primeiro senador. Por um lado era sobrinho-neto de Júlio César, que muito orgulhava e honrava por outro tinha