Resenha Abya Yala
O artigo em análise foi escrito baseando-se numa versão espanhola, e em toda a extensão do trabalho discorre-se sobre a questão do movimento dos povos originários, enfatizando sua história como parte de transformações do continente, suas lutas e memórias de resistência, pois através da insurreição do movimento um novo tempo se instaura: um tempo plurinacional. E Abya Yala – que quer dizer Terra Madura ou viva, e é sinônimo de América para os povos indígenas.
Em toda a extensão do trabalho, pode-se perceber claramente que os indígenas foram brutalmente explorados por um sistema econômico eurocêntrico, o colonialismo europeu, que manipulava para controlar sua hegemonia mundial e sem contar com o Estado para uma nova constituição de poder, o que hoje também acontece, porém vestidos de outras nuances e outras roupagens.
Desenvolvendo o texto, temos o significado do nome “terra madura, terra viva ou terra em florescimento” e destaque para nomes de estudiosos e eventos que contribuíram para o desenvolvimento do tema, dentre eles: o sociólogo catalão-boliviano Xavier Albó; II Cumbre Continental de Los Pueblos y Nacionalidades Indígenas de Abya Yala, realizada em Quito, em 2004.
Destaca-se a constituição dos movimentos indígenas na Abya Yala, que revive nas memórias insurgentes de muitas etnias, decorrência das vivências políticas de organização e enfrentamento de décadas, devido a várias articulações tidas com outros setores da sociedade, que atualmente estão se reterritorializando para constituir um novo tempo, assim desterritorializando a colonialidade do poder e do saber que estão impregnados nos povos latino-americanos.
Recentemente (2004) os povos indígenas começaram a inserir no léxico político um novo nome, Abya Yala, para designar o continente, um contraponto à designação consagrada de