Resenha 02 Thau cidade ideal imagina o e realidade

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE TECNOLOGIA
FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

SAMPAIO, Antônio Heliodório Lima. Cidade Ideal, Imaginação e Realidade. Rua-Revista de Urbanismo e Arquitetura, Salvador, BA.v.1 n.6 p.54-65.jul/dez.1996 O texto inicia que são possíveis inúmeras interpretações da forma urbana e que isto pode ser mais eficientemente elaborado, ao se considerar o tempo em que se vive e as formas presentes neste período. É importante ainda notar que toda cidade, independente da época, tipologia ou dimensões, possui funções intrínsecas tais como: ser o centro administrativo de irradiação de poder, mitos e símbolos, tendo o homem como sujeito intermediador da relação entre a cidade e o domínio desta sobre a natureza, permanecendo estas características ainda presentes nas cidades contemporâneas de forma mais abrangente.

O texto nos faz analisar a distinção entre cidade ideal e real, assim como, o porquê e para que se pensar em uma cidade utópica. A ideia de cidade ideal está presente em todos os momentos da história e estas indagações anteriormente citadas, começam a ter sentido quando o autor nos mostra que as propostas de realidade perfeita, sociedade ideal, igualitária e justa, surgem ao se deparar com o presente defeituoso, desigual e repleto de erros que poderiam ter sido evitados, caso houvesse melhor planejamento e se pensasse mais no bem estar coletivo. A visão literária de Thomas Morus e a visão filosófica de Platão, nos remetem a esta polis ideal, onde ambos almejavam a cidade como um espaço de pessoas boas e justas, de modo que a justiça fosse de interesse do estado, evitando-se a conturbação e anarquia, visando a ordem social. Partindo-se da utopia para explicar a realidade, o texto nos apresenta quatro modos de repensar a realidade, de modo que o pensamento utópico chegou ao ponto de socialismo cientifico e assim também surge o urbanismo cientifico.Com as inovações tecnológicas e transformações nas funções urbanas