resenh cultural

Porão do Rock: um evento no sótão da capital

Nos dias 30 e 31 de agosto deste ano, ocorreu a 14º edição do festival Porão do Rock, no estacionamento do estádio Mané Garrincha. O evento contou com a apresentação de 35 bandas de vários estados do Brasil, entre elas duas internacionais, e apresentou um show de diversidades dentro das várias vertentes do Rock. O ingresso custou R$ 20,00, validado com 1kg de alimento não perecível. O festival, junto à ONG Porão do Rock, arrecadou mais de 11 toneladas de alimentos.
No primeiro dia, 18 bandas se apresentaram em três palcos distintos. O palco UNICEUB, tido como principal, tinha sempre o maior público. Apesar de o festival abrir os portões às 16h30, o público roqueiro-candango começou a encher o local por volta das 18h. Embora o festival fosse censurado para menores de 16 anos, era notória a presença de rostinhos adolescentes borrados por maquiagem e roupas pretas que iam de encontro ao calor do cerrado no mês de agosto.
No Palco Chilli Beans, o grande destaque da noite foi a banda natalense Far From Alaska. Liderada por uma mulher com postura, atitude e vocais potentes, o grupo tomou conta da cena underground no festival e roubou a atenção com uma bateria pesada e riffs progressivos de guitarra. Também no mesmo palco, às 21h40, a banda pernambucana Nação Zumbi se apresentou e tomou conta do cenário. Esperada por um grande público, a banda apresentou parte do seu novo trabalho lançado em maio deste ano, que leva o homônimo do grupo. Era possível ver o público cantando junto hits como Um sonho e Bala perdida.
Houve uma crítica muito forte por conta do público acerca de algumas das bandas que se apresentaram no primeiro dia do festival, justificado pelo conflito de estilos que ia contra a identidade do evento. Foi o caso da banda mineira Jota Quest, que subiu ao palco Chilli Beans às 21h15, mas não foram recebidos com ‘rodas punks’ e ‘mãozinhas chifradas’. Com letras brandas e já conhecidas pelo público, o grupo fez