Representação

De acordo com Minayo, “Representações Sociais é um termo filosófico que significa a reprodução de uma percepção retida na lembrança ou do conteúdo do pensamento” ( ANO, pág.89), isto é, a representação constitui-se, pois, na externação de uma imagem mental. A representação parte do pensamento do artista, sendo, então, algo “vestido” da individualidade ou subjetividade de seu autor já que este pensamento é construído a partir de seu contexto sócio-cultural, ideologias e de suas experiências pessoais.

Dessa forma, o princípio, a origem da representação é o concreto. O indivíduo interpreta, recria mentalmente o que se lhe apresenta aos olhos, mas isto não se dá apenas ao nível do pensamento, a representação enquanto plasmagem, em sua fase de elaboração passa também pelos sentimentos e crenças do artista. A representação mental que um indivíduo faz de um dado objeto ou realidade social vai partir da visão, mas também e, principalmente da experiência do receptor com essa realidade.

Digamos que um indivíduo constrói, em uma obra literária, a representação de um computador. A forma como ele o fará vai partir primariamente do contato (ele precisa conhecer de alguma forma essa realidade) mas também a forma como ele construirá essa imagem em sua obra vai partir da sua vivência com essa realidade.Se o artista considera a máquina como uma forma de distanciamento entre as pessoas, como algo alienante, certamente transferirá essa visão para a sua obra. A imagem criada será então permeada pela subjetividade, visão de mundo e pelo contexto no qual o autor está inserido. Mas se ele considera o computador como uma forma de aproximar as pessoas, como um instrumento que facilita tarefas cotidianas, também o representará de acordo com essa visão.

Não podemos esquecer ainda que o olhar ou ponto de vista é algo construído socialmente. Vai partir essencialmente do contexto, experiências e ideologias adquiridos ao longo da vida.
Assim, a representação é algo que parte