Replicação do DNA
O DNA e as proteínas são macromoléculas que desempenham um papel chave na vida de uma célula.
Tanto o DNA como as proteínas são polímeros de unidades repetidas. A informação genética está armazenada no DNA por uma sequência de quatro tipos de nucleótidos e a replicação do DNA é o mecanismo de transmissão da informação genética. Porém, são as proteínas que realizam as funções vitais da célula. Então é necessário que os quatros tipos de nucleótidos sejam traduzidos para os vinte tipos de aminoácidos possíveis. Esta etapa é crucial para a expressão da informação genética. Existe um mecanismo celular que realiza a transcrição do DNA para RNA, gera um RNA a partir dos códigos do DNA e posterior tradução para proteínas. Na tradução, um conjunto de três nucleótidos, ou codão, é traduzido para um aminoácido, o qual se vai unindo a outros por ligações peptídicas para formarem uma proteína. Os quatros nucleótidos combinados três a três produzem sessenta e quatro combinações possíveis. Portanto, como temos apenas 20 tipos de aminoácido, existem aminoácidos degenerados, ou seja, existem alguns aminoácidos que podem ser traduzidos por mais de uma sequência de nucleótidos. O fluxo de informação para gerar um RNA e do RNA uma proteína, juntamente com o fluxo da transmissão da informação do DNA para DNA, forma o dogma central da biologia molecular.
Baseado neste raciocínio, em 1958, Francis Crick afirma que a especificidade de um fragmento de DNA depende apenas da sequência das suas bases e que essa sequência é a chave para a disposição dos aminoácidos numa proteína particular. Propõe, então, o Dogma Central da Biologia Molecular, afirmando que a molécula de DNA é utilizada como molde para se construir RNA, o qual será o molde para a síntese de proteínas, sendo que a informação contida na proteína não pode ser usada para a construção de outra proteína nem para a construção de uma molécula de DNA ou RNA.