Religiões Africanas

Como seguir, praticar, respeitar se não conhece?
Quis iniciar meu texto com essa indagação, justamente para fomentar minha explanação. Tanto no texto de Cabrera quanto no artigo da revista fica evidente o desconhecimento sobre as religiões de matriz africanas.
Eu mesma, com 42 anos de idade, leio muito, porém tal assunto nunca me chamou atenção, ao contrario, assim como alguns dos entrevistados por
Cabrera sempre vi como algo negativo os rituais afro, mesmo sem conhecer, só por ouvir falar e falar mal. Ainda assim, não me considero preconceituosa, me considero mal informada, com certeza após essa leitura olharei com outros olhos as religiões afro.
O pouco que sei sobre tal assunto é que os negros foram obrigados a esquecerem as suas praticas religiosas em terrenos africanos e aqui em terras brasileiras praticarem o cristianismo, mais precisamente o catolicismo. Porém, foram sábios o bastante para mudarem os nomes de suas divindades por nomes cristãos e assim continuarem seus rituais, mesmo que sendo às escondidas, camuflados. Assim sendo, permaneceu por muito tempo. E é possível ver com clareza que sempre prevalece à imposição do mais forte que no caso era a religião dos portugueses. Nem os indígenas, em maior número de pessoas, ficaram fora dessa roda de desrespeito cultural.
Então, como falar bem sobre uma religião que não conheço e como disse no inicio sempre censurada, escondida, camuflada inicialmente e muito pouco praticada em nosso Estado atualmente. E se eu enquanto professora pouco sei, imagina nossos alunos. Além disso, como foi bem lembrado no texto de
Cabrera seguimos o modelo ocidental de educação, logo não temos suporte pedagógico para tal conteúdo, damos um enfoque maior sobre os afro descentes somente no mês de novembro quando se comemora a Consciência Negra, e é possível perceber a má vontade dos alunos – mesmo os negros – em conhecer o outro lado, a História de quem construiu, com o trabalho escravo, o alicerce de
nosso