religião

Introdução
Ainda que o Brasil seja considerado o maior país católico do mundo, os resultados dos últimos recenseamentos demográficos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram um declínio progressivo da porcentagem de católicos na população total, e destacam o crescimento dos evangélicos e de pessoas que se declaram sem religião.

As religiões nos recenseamentos
Os recenseamentos feitos no país são feitos a cada dez anos pelo IBGE, e com base nos Censos Demográficos de 1991 e 2000 foi realizado o Atlas da Filiação Religiosa e Indicadores sociais no Brasil, cujos dados resultam de uma pergunta sobre religião ou culto havendo total liberdade de resposta, sem nenhum limite quanto ao número de religiões a serem declaradas. Em função disso, o sincretismo religioso, tão comum no Brasil, poderia agora ser captado pelo Censo.
Apesar disso, o número de pessoas que se declararam pertencer a mais de uma religião não passou de 10.500, o que é um número insignificante mediante o total da população brasileira. Pode-se pensar então que os recenseados ainda não se sentem a vontade para assumir que possuem mais de uma filiação religiosa, o que resultaria em um superdimensionamento das religiões mais bem institucionalizadas, em detrimento de grupos religiosos minoritários.
Outro problema colocado pela estatística da religião é a evolução, no tempo, da sua nomenclatura. Por exemplo, a codificação no período de 1980, 1991 e 2000 difere entre si, mas a de 2000 manteve ao lado dos códigos de 3 dígitos, a nomenclatura de 2 dígitos de 1991, o que permite a comparação dos dados resultantes desses dois recenseamentos. Desse modo, podemos estudar em detalhe o desenvolvimento das igrejas pentecostais, por exemplo, a partir de 1991.
Além das dificuldades relativas à nomenclatura existentes no Censo, os dados publicados nos Anuários Estatísticos do IBGE são muito limitados, para se analisar especificamente uma determinada religião. Desse modo, as