Relatório

“Todos os seres humanos naturalmente desejam o conhecimento”. O homem, diferentemente dos animais que são apenas dotados de sensações e vivem de pequenas lembranças, além desses atributos comuns, possuí o raciocínio, e isso é o que o diferencia dos outros animais, pois, embora alguns sejam dotados de inteligência, são incapazes de aprender. É através da memória e da experiência que os seres humanos obtêm e ciência e arte.
Embora a experiência seja muito parecida com a ciência e a arte, mas na realidade a experiência é o caminho para o homem chegar à ciência e à arte. Ele diz que, de modo algum a experiência é inferior à arte, mas logo em seguida coloca a experiência em um patamar mais elevado quando diz que existem homens da experiência obtendo mais êxito do que aqueles que dispõem de teoria sem experiência. A experiência é conhecimento dos particulares, enquanto que a arte o é dos universais. Então, segundo ele, a trilha para se chegar até a arte é a experiência.
Através do raciocínio, o homem vai buscando construir o seu conhecimento, buscando tirar das suas experiências (particular) os meios necessários para se chegar a algo maior, a ciência e a arte (universal). Mas qual a importância da arte, da ciência, elas seriam a última estação? Pois o objeto da causa final é o bem. Pois tudo tem uma finalidade, o homem é movido por um

objetivo, ele almeja algo, pois, quando buscamos algo, impulsionados pelo desejo de saber, estamos querendo obter algum resultado, algo bem maior do que as necessidades fisiológicas, dos que as sensações, estamos querendo ir além das nossas lembranças, pois se as coisas fossem somente isso, não diferenciaríamos dos animais. Ou seja, tudo o que fazemos tem que ter uma finalidade.
No entanto, analisando a arte e a ciência como finalidade, cria-se um paradoxo, pois, a ciência principalmente, está sempre se renovando, sempre surgem outros fatores que a adicionam ou a modificam. Para se chegar a uma coerência, a ciência e a arte se