Relatório

1. INTRODUÇÃO

A fisioterapia é uma ciência aplicada cujo objetivo é preservar, manter, desenvolver ou restaurar a integridade de órgãos, sistema e função. Ao fisioterapeuta, como profissional de saúde, compete habilitar a construção do diagnóstico dos distúrbios cinético-funcionais, prescrever condutas fisioterapêuticas, ordenar e induzir os pacientes a acompanhar a evolução do quadro clínico até as condições para a alta do serviço (Resolução nº 0080, Coffito, 1987). A qualidade dos serviços de saúde passou a ser discutida, com maior ênfase, a partir da segunda metade do século 20, após algumas pesquisas sobre a avaliação da assistência em saúde, focalizada na qualidade do atendimento (Machado et al, 2008). A avaliação da qualidade dos serviços de saúde pode fundamentar-se em três aspectos: estrutura, processo e resultados (Donabedian, 1990) e atualmente é uma preocupação das equipes responsáveis pela programação dos serviços, possibilitar o desenvolvimento de análises críticas do que é e como são ofertados os serviços de saúde à população. (Scochi, 1991). A avaliação da estrutura diz respeito aos recursos físicos, materiais e humanos (quantitativos) existentes no âmbito da assistência a saúde; a avaliação do processo engloba as atividades e os procedimentos empregados; e a dos resultados enfatiza os efeitos das ações e dos procedimentos sobre o estado de saúde do usuário como resultante da assistência recebida (Donabedian, 1990). Porém, a satisfação do paciente é também uma das dimensões envolvidas no cuidado de pessoas – e pouco avaliada. A satisfação está ligada de forma sinérgica à qualidade técnica no que se refere ao sucesso do tratamento (Goldstein et al, 2000). Pacientes insatisfeitos apresentam menor adesão ao tratamento (Suda et al, 2009). A satisfação do paciente na área da Fisioterapia ainda não é bem entendida, pois apenas recentemente têm sido desenvolvidos instrumentos para a coleta de dados de forma padronizada por estudos que