Relatório(Extração da cafeina)
1. INTRODUÇÃO
Quimicamente conhecida por 1,3,7-trimetilxantina ou trimetildioxipurina, a cafeína é um composto químico que foi descoberto e isolado do café pelo químico Ferdinand Runge em 1820 na Alemanha. Em 1827 ela foi isolada do chá preto por Oudry.
A cafeína faz parte do grupo das bases de purina. A purina, em si, não ocorre na natureza, mas inúmeros derivados são biologicamente significativos. Segundo Altimariet al. (2005), a cafeína, a teofilina (1,3 – dimetilxantina) e a teobromina (3,7 – dimetilxantina) são bases deste grupo de purina que possuem importância farmacêutica e que são todas derivadas da xantina, quimicamente conhecida por 2,6-dioxipurina, como mostra a figura 01.
Figura 0: Xantina e derivados – fórmulas estruturais (ALTIMARI et al., 2005)
Estas substâncias derivadas da xantina se diferenciam pela potência de suas ações farmacológicas sobre o sistema nervoso central. A cafeína é uma substância capaz de excitar e restaurar as funções cerebrais e bulbares, sendo comumente utilizada e livremente comercializada, por apresentar uma baixa capacidade de indução à dependência.
Dependendo do solvente em que a cafeína é extraída, pode-se apresentar anidra ou monohidratada, com o formato de agulhas (cristais) hexagonais e incolores. A solubilidade da cafeína em clorofórmio é de aproximadamente nove vezes maior que em água na mesma temperatura. A cafeína é inodora, mas possui um sabor amargo. É relativamente tóxica e apresenta uma dose letal de 75mg/Kg.
Muitos métodos são utilizados para obtenção da cafeína a partir de produtos naturais ou industrializados. Na maioria das extrações utilizam-se solventes imiscíveis em água. A extração líquido-líquido também é denominada extração por solvente. A extração de um componente de uma solução homogênea se faz pela adição de um outro constituinte insolúvel, o solvente, no qual o componente desejado da solução, o soluto, é preferencialmente solúvel e neste solvente o soluto difunde-se