relatório do filme o núcleo
Aluísio Azevedo (A. Tancredo Gonçalves de A.), caricaturista, jornalista, romancista e diplomata. Nasceu em São Luís, MA, em 14 de abril de 1857, e faleceu em Buenos Aires, Argentina, em 21 de janeiro de 1913. É o fundador da Cadeira n. 4 da Academia Brasileira de Letras.
A sua obra O Cortiço, de Aluísio de Azevedo, foi publicada em 13 de maio de 1890, dois anos após a abolição da escravatura, caracterizando-se como uma obra do movimento Naturalista. Desempenha um amplo papel na sociedade do Rio de Janeiro no final do século XIX. Esta veio ao público em uma época que a capital se preocupava com o destino dos cortiços que se espalhavam pela cidade.
Nesse contexto o Brasil passava por um processo de transformação onde seu sistema político vigente deixava de ser monarquico e se estabelecia, agora , a primeira república, ou república velha. O cortiço, vem como reflexo das transformações que o país enfrentava: determinação do fim do tráfico negreiro (1850) e da escravatura (1888), decadência da economia açucareira, industrialização e crescimento das cidades.
A extinção do regime escravocrata em 1888, sem a criação de políticas de inserção dos ex-escravos no mercado de trabalho ou de garantias básicas de sobrevivência (alimentação, moradia e saúde), gera migrações em massa para as cidades de desempregados e subempregados. Entretanto, baseado em uma cultura europeia a sociedade alta do Rio de Janeiro visava a “limpeza” da cidade, tanto na arquitetura quanto na população de ex-escravos, desempregados e imigrantes que estavam cotidianamente movimentando os centros urbanos, logo pensava-se numa solução imediata para esse fato. Então, surge a “política dos cortiços”, representado na obra de Aluisio de Azevedo, cujos são pequenos espaços dentro da cidade que se caracterizam como uma outra cidade/sociedade onde vivem grande parte dos cariocas excluídos.
O movimento naturalista, presente no livro em questão, surgiu após o movimento