Relatorio
A peça se passa em um cenário que retrata o ambiente dentro de uma sala de tribunal, onde doze homens, jurados, devem decidir se um jovem acusado de matar o próprio pai é ou não culpado. No começo onze desses jurados votam como culpado, mas esse um que vota ao contrario de todos é o que dá inicio a viagem dessa peça. Ele, explicando seus motivos e atravez de muita descução, muda a opinião de todos os outros, fazendo que assim, no final, todos votam no menino como inocente. Vemos doze homens completamente diferentes, tendo que chegar em uma unânime opinião. Ali, naquela sala, a vida de cada um é mostrada. Os motivos deles serem como são, suas profissões, suas crenças, tudo que é mostrado de cada um entra em conflito e muitas vezes eles batem de frente. Um bom exemplo é um dos jurados que parece projetar as suas frustrações da vida com o seu próprio filho no réu em questão, e por isso ele foi até o fim irredutível. É só quando isso que está dentro dele sai e ele fica completamente exposto que ele vota pela inocência do réu. Tem também aquele jurado que veio de raízes simples, do “gueto” que a partir de um momento da peça ele parece querer proteger e provar que as pessoas menos afortunadas na vida, como ele próprio, não são necessariamente bandidas. A peça mostra o psicológico humano, nossos defeitos, loucuras, o sentimento de fracasso, solidariedade, respeito, tudo isso entra em colisão e cria uma história dinâmica, interessante e emocionante. Dos picos de brigas verbais e físicas, até lindos momentos de sensibilidade, banhados magicamente por uma iluminação suave e profunda, tudo isso faz com que nós, os espectadores, fiquemos incapazes de ao menos piscar para não perder nem um segundo de nada. Falando da iluminação, nessa peça ela foi um elemento que marcou. Foi impressionante como ela foi a todo momento perfeitamente colocada. Ela parevia dançar com o espetáculo, criando assim um vinculo intimo com a platéia. É