Relatorio Patologia Cirurgica
Patologia Cirúrgica Veterinária
Relatório de procedimento cirúrgico
Flávio Alexandre Santos Lima
Santarém, 9 de março de 2015
Revisão
As bactérias formadoras de abscessos penetram geralmente no organismo animal por uma ferida na pele ou nas mucosas e por meio de agulhas de seringas ou instrumentos contaminados. Podem penetrar também pela mucosa intestinal, quando esta se encontra em estado de debilidade por constipação, diarreia, inflamação; por meio de glândulas sebáceas e sudoríparas ou de qualquer tecido em contato com meios contaminantes.
Ao penetrarem, os germes iniciam a sua multiplicação e produzem toxinas que irritam os tecidos circundantes, o que determina o surgimento de todos os sinais de um processo inflamatório. Inicialmente, a lesão é um micro abscesso, que por invasão produz outros que praticamente se interligam, deixando bridas conjuntivas entre eles.
Os leucócitos neutrófilos, principalmente, e de monócitos circundam a área invadida e assumem a defesa do organismo, pela fagocitose bacteriana. Na área invadida, os restos celulares, por efeito da destruição dos tecidos, as bactérias e os leucócitos mortos, além de líquidos que extravasam dos capilares da rede linfática e dos tecidos que limitam o processo constituem o pus ou material do abscesso. A multiplicação de fibroblastos determina a formação de uma barreira conjuntiva ao redor da lesão. O tecido que se forma pode ser espessado ou permanece delgado e os capilares e vênulas que comporta supre a área com os elementos de defesa do organismo.
Internamente, a cápsula assim formada é revestida por uma membrana piogênica. Neste ponto, praticamente a área central do abscesso interrompe as trocas com o resto do organismo. As bridas conjuntivas sofrem digestão, em função da baixa nutrição e do pH baixo e formam uma cavidade única. O processo não cessa até que os germes sejam controlados por ação dos neutrófilos, anticorpos ou por efeito de terapia