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Resenha – “A moça com brinco de perola”

O filme supõe o relacionamento entre Vermeer e a modelo do quadro homônimo, devido a ausência de material biográfico de Johannes Vermeer. Com isso os realizadores utilizaram as pinturas do autor como base, pois as pinturas do Barroco têm como uma das características a representação do cotidiano. O Barroco foi a resposta da Igreja Católica às Reformas Religiosas que custou a perda de fieis. Com o objetivo de aumentar o interesse dos devotos, a Igreja utiliza o realismo e a dramaticidade nas obras. Assim chamando a atenção da população e aumentando o numero de fieis.
No inicio do filme a iluminação do quarto é fraca com foco de luz na Griet (Scarlett Johansson), que está cortando alimento, lembrando uma pintura barroca. A primeira vez que a protagonista limpa o quarto onde Vermeer (Colin Firfh) pinta, ela move uma carta na mesa para limpar e embaixo tem ausência de poeira, demonstrando como é árdua, lenta e minuciosa a técnica de Vermeer.
Durante a cena que tem a presença das criadas e das filhas, possui bastante semelhança com obras deste período devido ao uso de contraste entre claro e escuro e retratando o dia a dia no interior das casas.
Na apresentação do quadro “Moça com colar de perolas” que está presente o mecenas de Vermeer, Mestre Van Ruijven, este destaca o uso da cor amarelo indiano no quadro e descreve rapidamente como é produzida, mostrando como era a produção de tintura a óleo. Na cena seguinte mostra a preocupação de Griet com a limpeza da janela, com a melhora da passagem de luz, sendo a iluminação o elemento principal do Barroco.
Interessante quando a Griet observa pela câmera obscura ao ver o reflexo do enquadramento. A câmera obscura pode ter sido um elemento de extrema ajuda na composição de quadros, não só de Vermeer, mas de muitos pintores.
Na cena em que a Griet vê o quadro “Mulher com jarro d’água” não finalizado. Comentando como não está com a cor certa, Vermeer explica o porquê do preto no