Reiki: uma terapia alternativa e a dádiva
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA
ANTROPOLOGIA DA RELIGIÃO
ROSA VIRGÍNIA MELO
PAULO ROBERTO RABELO COUTINHO 11/0135504
REIKI: UMA TERAPIA ALTERNATIVA E A DÁDIVA
Este ensaio baseia-se numa etnografia feita por meio do método de observação participante em uma fraternidade universalista localizada na Asa Sul, em Brasília.
Esta etnografia baseia-se na observação e participação ativa, desde a iniciação na terapia REIKI e suas aplicações nos “pacientes”. Esta fraternidade universalista utiliza-se de terapias alternativas para cura e busca de reequilíbrio em seus pacientes, dentre as terapias oferecidas pela fraternidade estão a terapia floral e a terapia REIKI, na qual me focalizarei.
Esta observação participante se inicia com a minha iniciação na terapia REIKI e participando semanalmente na aplicação de REIKI.
Por meio da observação participante emprego esforços no sentido de fazer uma correlação com o sistema de trocas referidas por Mauss (1988) quanto à dádiva, que consiste em um complexo emaranhado de obrigações e contra-obrigações de várias naturezas, em suma, ao "dar e receber" e o REIKI.
Para entendermos o crescimento exponencial do uso de terapias alternativas no Brasil e no mundo é necessário entender um fenômeno chamado por muitos de Nova Era, neo-esoterismo, misticismo contemporâneo ou Era de aquário e o movimento de contracultura. Após o entendimento deste panorama, procurarei explicar a terapia alternativa da qual pretendo me aprofundar, chamada de terapia REIKI e apresentar minha etnografia.
O movimento Nova Era
Segundo Magnani (2000) O sentido original da expressão “Nova Era” provém da cosmologia astrológica: refere-se a uma mudança ocasionada pela chamada precessão dos equinócios- no aparente trajeto do sistema solar em relação ao zodíaco (uma espécie de faixa com 12 subdivisões projetada na abóbada celeste), ao longo do qual parecem mover-se os astros, perfazendo determinados