regime

Excelência, Virtude (areté) “Partes da alma”:
Apetitiva  moderação
Racional contingente  prudência. A prudência analisa o que é contingente (particular).
Racional universal  sabedoria.
Prudência (phronesis)  capacidade de ver o que é correto.
Em Aristóteles, prudência não tem o sentido de cautela. Phronesis é um tipo de capacidade de ver o que é certo nas coisas que mudam. De ver como é certo agir nas situações que se modificam. Dependendo do caso, pode agir com cautela ou não – às vezes, ter-se-á cautela, às vezes não (ex.: estrategista militar decide atacar de assalto). O corajoso é prudente – saberá como agir conforme as situações.
Na tragédia grega, sempre alguém age de forma como não deveria, desiquilibrando o cosmo e esse reage. O sujeito que age como não deveria não age com phornein. O narrador narra o que deveria ter sido feito – é phronein.
“O prudente percebe a ação assim como o matemático percebe o triângulo”.
O matemático viu um triângulo – é um esquema de percepção. O prudente, da mesma forma, percebe a ação: esse é o momento. Não é apenas uma intuição – tem uma racionalidade introjetada. O prudente conhece o kairós – o tempo ideal, o momento ideal. O prudente consegue controlar seus impulsos e, além disso, sabe o momento e o local no qual agir e de que modo.
Aristóteles também chama a prudência de silogismo prático. Silogismo é a estrutura típica do pensamento – construir uma preposição a partir de outras preposições (premissa maior, premissa menor, conclusão; ex.: I – os homens são mortais; II – Sócrates é mortal; III – Logo, Sócrates é mortal).
Silogismo prático  modo como construirmos a justificativa para nossas ações.
Ex¹.: comer carnes leves faz bem à saúde. Aves são carnes leves. Logo, comer aves faz bem à saúde. O prudente saberá o que é uma carne leve. Não basta saber que carne leve faz bem à saúde e que aves são carnes leves. Preciso, também, saber o que é uma ave. Não adiante saber a regra sem saber qual o caso que se