Reforma psiquiatrica

1906 palavras 8 páginas
Reforma Psiquiátrica no Brasil

Ao longo da história da humanidade, a loucura recebeu diversas abordagens e tratamentos, de acordo com cada época e cada contexto, o que a caracteriza como fenômeno social interpretado das formas mais diversas.
A história nos revela que a sociedade já compreendeu o louco como um sábio, uma pessoa privilegiada em suas visões e forma de encarar o mundo. De possuidor de uma razão superior a dos outros homens, esse mesmo louco passa a ser visto como um ser alienado, despossuído de qualquer razão. Na seqüência histórica, passaram a ser compreendidos como possessos, pela Antiguidade greco-romana. A doença neste contexto era ligada a forças sobrenaturais do bem e do mal. Assim, o louco é visto como um possuído pelo demônio. Desta forma o tratamento se dá por meio de exorcismos sob a responsabilidade da Igreja Católica. É somente no século XIX que a Medicina toma a loucura como uma doença. Para dar conta do tratamento desta nova doença, uma nova especialidade é criada pela Medicina. Surge então a Psiquiatria, com o intuito de cuidar desta nova categoria de doença.
No final do século XVIII e início do século XIX, tem início a Revolução Industrial com a instauração das fábricas, surgem os operários e concomitantemente, os problemas sociais advindos desta nova realidade. Nesse novo contexto capitalista, os loucos, juntamente com os desocupados, passam a ser encarados como uma ameaça social. O processo de produção que os força a trabalhar, acaba por expulsá-los das cidades. Neste período, já sob a categoria de doença mental e sob o domínio da Medicina, são inauguradas as instituições psiquiátricas - os sanatórios e manicômios – com o objetivo de isolar a loucura e proteger a sociedade contra o ameaça do “mal” provocado pelos loucos. Desta forma, as instituições psiquiátricas surgem no final do século XVIII, e com elas a institucionalização da loucura. Historicamente, no ocidente, a produção da loucura como doença se deu num contexto de

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