Reflexões e intertextualidade entre o filme “A pele que habito” de Pedro Almodóvar e as obras da artista francesa Louise Bourgeois.

1367 palavras 6 páginas
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO

Gabriela Moreira Miranda
Gabriela Vieira da Silva

Reflexões e intertextualidade entre o filme “A pele que habito” de
Pedro Almodóvar e as obras da artista francesa Louise Bourgeois.

Prof. Dr. João Eduardo Hidalgo
Arte e Tecnologia

BAURU
2014

Introdução
O filme “A pele que habito” do diretor Pedro Almodóvar nos faz pensar em questões variadas entre o psicológico e a memória, e nos envolve na trama de problemáticas psiquicas ligadas dentre outros pormenores, principalmente à sexualidade e identidade de gênero.
Os acontecimentos ao mesmo tempo que dão uma pista sobre os personagens principais, num mesmo diálogo deixam as percepções mais aguçadas para que o espectador fique atento a todas as outras passagens.
O estopim para os ensejos decorrentes apresentados no filme vem sempre de traumas do passado das personagens (assim como é o pano de fundo das obras de Bourgeois que não diferia corpo de psique), começa pela esperança de
Robert Legard em corrigir as falhas na pele de sua mulher que suicidou-se (por ter visto seu semblante coberto por queimaduras causadas por um acidente de carro) o fez persistir nos estudos avançados em peles.
Norma, sua filha, por sofrimento e falha do destino acabou no mesmo caminho que a mãe, mas antes da tragédia, o filme nos mostra como lembrança o momento em que ela aparece sob efeito de antidepressivos em uma festa de casamento acompanhada de seu pai, Robert. A menina acaba se distanciando da festa com Vicente; Porém nada acontece entre os dois por conta de um surto da jovem, e o rapaz em desespero a deixa desacordada.
Esta situação logo planta a incógnita de quem estuprou Norma, pois a menina reconhece o pai como o estuprador, e Robert por sua vez reconhece Vicente como tal. Este acontecimento faz referência ao asco/admiração de Louise ao órgão sexual masculino, e dentre outras obras, como “Desconstrução do pai” e
“Filette”. Esta situação foi o ponto de partida para Legard dar

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