REFLEXÕES SOBRE O NOVO MODELO COMUNICACIONAL: A IMPORTÂNCIA DO PAPEL DA MÍDIA E DA RECEPÇÃO

INTRODUÇÃO

Ao analisarmos os estágios do marketing e da publicidade desde o capitalismo primitivo do século XXI até a sociedade afluente dos dias atuais, cuja nomeação foi dada pelo economista John Kenneth Galbraith, é possível perceber diversas transformações na relação entre produção e recepção de informações. Este trabalho tem como objetivo analisar essas mudanças na área da comunicação publicitária focando na atuação da área de mídia e com base no texto “A mídia – O conceito e as atividades” presente em “Hiperpublicidade: atividades e tendências – volume 2” de Arlindo Ornelas Figueira Neto e no texto “As bordas da circulação” de Antonio Fausto Neto.

AS TRANSFORMAÇÕES NA RELAÇÃO PRODUÇÃO-RECEPÇÃO

Durante muito tempo, imperou a visão funcionalista de caráter transmissional em que a produção de mensagens era o campo mais importante da relação comunicacional e o único que agia de fato. A recepção era vista meramente como o polo recebedor dessa comunicação linear e unidirecional e por isso, era tida como uma massa homogeinizada. Segundo o autor de “As bordas da circulação”, Antonio Fausto Neto, “O destino dos sujeitos em recepção não seria mais do que aquele de consumir os meios e o de se submeter aos efeitos por eles presumidos.” Isso porque o ponto de vista valorizado era o do ator e as suas intenções com a mensagem tinham mais valor que os efeitos reais. Essa fase anterior ao desenvolvimento das novas tecnologias carecia de meios que revelassem a presença efetiva da recepção, como se pode observar a partir da leitura de “Hiperpublicidade: atividades e tendências – volume 2” em “A mídia – O conceito e as atividades” de Arlindo Ornelas Figueira Neto, em que o autor compara os efeitos produzidos pela escolha dos diferentes meios de comunicação. O jornal, por exemplo, comparado à Internet, tem um caráter mais unidimensional, já que o foco é divulgar notícias que o leitor supostamente não tem conhecimento. A Internet