Referencial Te Rico

3 - Referenciais Teóricos
Assim como nos referimos na introdução do presente documento, o texto como fonte de estudo na educação básica vem sendo estudado de forma que só se é necessário entender as classes gramaticais das palavras, em especial os conectores – já que é sobre estes que trabalharemos –, como afirma Antunes (2005) “nas gramáticas, em geral, a função atribuída aos conectores se resume àquela de unir termos de uma oração ou orações”, portanto também podemos dizer que é estudado de forma errônea. Tentamos levar para os alunos a função e a importância dos conectores dentro de um texto e não nos fixarmos no método tradicional do ensino de língua materna.
É óbvio que uma das funções da escola, senão a primordial, é ensinar o português padrão, mas não devemos esquecer, enquanto professores de língua materna, que cada aluno possui o seu modo de falar – a sua variante linguística –, o que os torna, relativamente diferentes. Mas a função da escola não é somente ensinar o português padrão, mas também criar condições para que ele seja aprendido (POSSENTI, 1996; p.17).
A respeito do que Possenti nos afirma, devemos aproximar a língua e seus estudos à realidade do aluno, não distanciá-la, como fazem muitos professores aplicando a gramática normativa. Devemos também, levar em conta toda a bagagem cultural e as necessidades dos indivíduos. A respeito disso Lage (2010) afirma que:

“por disparar em todas as direções na tentativa de atingir o alvo ‘transformação humana’, a escola se converte numa poderosa máquina que tritura valores, dilui tradições, assola culturas, extingue princípios... Até finalmente, chegar ao produto final, modificando seres sonhadores em ‘questionadores de fracassos e multiplicadores de conhecimentos evasivos’, por encontrar dificuldades em abrir espaço para que os valores humanos transitem por suas dependências e sejam absorvidos por aqueles que buscam, na escola, a oportunidade para ser.”

Tendo este trecho da edição nº9 da revista Construir