Reequilibrar as relações entre China e Estados Unidos
O país vem gradualmente adquirindo todos os atributos de uma superpotência em formação. Em 2011, seu orçamento de defesa foi de US$ 91,7 bilhões, 80% superior ao do Japão e 200% ao da Índia. A diferença em relação aos Estados Unidos nesse campo, que em 2000 era de 1 para 20, reduziu-se a 1 para 7. Embora ainda muito aquém, a China ocupa hoje o segundo lugar do mundo em despesa militar, e se Washington mantiver a atual política de contenção orçamentária, a diferença poderá reduzir-se ainda mais.
Desde a década de 2000, as relações entre os dois países mudaram muito. A China investiu cerca de um terço de suas reservas de divisas estrangeiras em títulos do Tesouro norte-americano, tornando-se o maior credor dos Estados Unidos.1 Tendo se tornado a maior nação exportadora do mundo, ela está entre os principais fornecedores da América, o que ajuda Washington a conter sua inflação e permite que os investidores obtenham seus lucros.
Desde a crise financeira de 2008, a China não para de se afirmar na cena internacional e nas relações com os Estados Unidos. Em 2009, na Cúpula de Copenhague, o país contrariou os norte-americanos a respeito do calendário de redução de emissões de carbono. No mesmo ano, a frota chinesa cercou o Impecável, navio da Marinha norte-americana que cruzava sua zona econômica exclusiva no Mar da China Meridional. Em 2010, o poder chinês mais uma vez resistiu às pressões de Washington, que pedia a