redação

Caros redatores do jornal Folha de São Paulo,

Meu nome é Mércia Almeida e como leitora assídua sobre o problema do álcool na adolescência, li o artigo a respeito da criação de uma cerveja para cães. A invenção dessa bebida para cachorros é preocupante, pois pode influenciar ainda mais o consumo precoce de bebidas alcóolicas por parte dos jovens brasileiros.

Se agora até os cães podem tomar cerveja em seu lar, por que adolescentes de 12 anos, por exemplo, não podem começar a beber? É importante refletir sobre essa questão e levar em conta que a cerveja para cães influenciará, direta ou indiretamente, os jovens a beberem álcool muito cedo, visto que é proibido por lei antes que se atinja a maioridade.

Segundo uma matéria publicada na revista Veja, cerca de 54% dos jovens do país se embebedou ao menos uma vez, seja em sua casa ou na casa de parentes. Muitos desses jovens estavam acompanhados pelos próprios pais ou por algum outro membro da família. Isso é uma vergonha, porque demonstra o quanto os pais (ou responsáveis) encaram o álcool como um pequeno mal em comparação a outros males a que os adolescentes podem se submeter.

Portanto, uma cerveja para cães deixa de funcionar como um entretenimento entre humanos e seus bichos de estimação, caros redatores. Ainda por cima, por trás desse objetivo interativo da cerveja pet, há uma grande possibilidade de que o problema do álcool na adolescência aumente. Desde já agradeço a atenção.

M.A

Apresentação da carta do leitor A imprensa escrita costuma manter seção de cartas do leitor, cuja finalidade é abrir espaço à participação dos leitores, que se manisfestam livremente sobre a qualidade das matérias publicadas, seja para elogiar, seja para criticar, sugerir ou fazer pedidos. Leia, a seguir, um artigo de Eliane Catanhêde, publicado no jornal Folha de S. Paulo de 29 de junho, e excertos de três cartas enviadas por leitores.
Um cara