Redação - Capa das Revistas The Economist

O Brasil realmente estragou tudo?
Em 12 de novembro de 2009, a revista The Economist colocou o Cristo Redentor decolando para simbolizar o momento da economia brasileira. “O Brasil decola” dizia a manchete. Quatro anos depois, o Cristo volta à capa da The Economist com outra pergunta: “O Brasil estragou tudo?”.
Brasileiros no geral vivem em uma séria crise de inferioridade. Todos concordam que o Brasil tem muitos problemas, todos eles muito sérios quando se refere à corrupção, infraestrutura do país, e condições públicas de saúde e educação. Porém, basta a mídia estrangeira dizer que o Brasil é a menina dos olhos do mundo, pelo fato de termos passado quase que ilesos sobre uma crise em que a maioria dos grandes países sofreram, que nós começamos a nos enxergar com outros olhos. Afinal fomos escolhidos para sediar a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016, devemos ter algo de bom. A grande verdade é que o Brasil é sim, um país com muitas coisas boas, e que os Brasileiros só enxergam quando alguém de fora aponta.
O grande problema é que durante esse tempo de popularidade no Brasil, parece que o país ficou confiante até demais, e acabou enfiando os pés pelas mãos. Nosso governo fez projeções mal feitas quando se diz respeito às construções para a Copa do Mundo, gastou mais que todos os Países sede, e a população enxergou isso: viu que esse dinheiro deveria ser gasto em outras prioridades, aonde sentimos a necessidade todos os dias: Educação, Saúde, Infraestrutura do país. O povo foi pra rua, gritou, foi ouvido pelo mundo.
Foi aí que a The Economist entrou com a segunda capa, apontando tudo isso que a população já se cansou de saber, mas que não gostou de ouvir dos outros de fora. O Brasil estragou tudo? Na minha opinião, a primeira capa é a que sempre esteve errada, o Brasil nunca decolou. Pode ser considerada uma visão pessimista, mas a verdade é que o nosso país não está maduro suficiente para conseguir priorizar as necessidades das vaidades. A Copa