Rascunhos de Antologia

770 palavras 4 páginas
O Solitário – Augusto dos Anjos
Como um fantasma que se refugiaNa solidão da natureza morta,Por trás dos ermos túmulos, um dia,Eu fui refugiar-me à tua porta!
Fazia frio e o frio que faziaNão era esse que a carne nos contorta…Cortava assim como em carniçariaO aço das facas incisivas corta!
Mas tu não vieste ver minha Desgraça!E eu saí, como quem tudo repele,— Velho caixão a carregar destroços –
Levando apenas na tumba carcaçaO pergaminho singular da peleE o chocalho fatídico dos ossos!
Explicação
Neste poema o eu – lírico sofre por um amor não correspondido e que fica a espera de sua pessoa amada, a qual não percebe seu amor e nem a sua existência. Na última estrofe fica clara uma das suas principais características que é o apego à morte quando o eu – lírico diz que esperou a amada sem obter respostas e que saiu da porta em carcaça dentro de um caixão e apenas em pele e osso.
Fonte
http://revistalieterariacnsa.wordpress.com/2011/11/09/o-solitario-%E2%80%93-augusto-dos-anjos/Augusto dos AnjosAugusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos nasceu no engenho Pau d’Arco, em Paraíba, em 20 de abril de 1884 e faleceu em Leopoldina, em 12 de novembro de 1914. Em 1903 ele começou a sua Faculdade, cursando Direito em Recife, porém, obteve por não advogar, pois o que ele realmente gostava era de ensinar a língua portuguesa, mas concluiu o seu curso de Direito em 1907.
Em 1908, Augusto começou a dar aulas particulares e casou-se com Ester Fialho.
Era filho de filho de Alexandre Rodrigues dos Anjos e D. Córdula de Carvalho Rodrigues dos Anjos, eles eram donos de engenhos e o seu pai era bacharel, e foi quem o ensinou a falar, desde as primeiras letras.
Com o passar do tempo, a saúde de Augusto acabou se tornando uma saúde frágil, e o seu sistema nervoso chegou a ficar enfraquecido. Em 1905, o pai de Augusto, Alexandre dos Anjos acaba falecendo, mas publica os seus primeiros sonetos que constariam no seu livro Eu, assim causando algumas polêmicas. Após ter se

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