Radiologia
A sialografia foi realizada pela primeira vez por Arcelin em 1913 e obteve ótimos resultados através do uso de contraste oleoso com Lipiodol ultrafino sendo utilizado até os dias atuais para observação de obstruções dos ductos salivares. Analisaram que o uso de meio lipídico oferece boa visualização radiográfica quando associada ao iodo.
É o exame radiográfico com contraste utilizado para observar o parênquima glandular, assim como seus ductos secretores em relação ao fluxo salivar. Em outras palavras, estuda-se o preenchimento glandular no trajeto inverso que a saliva percorre. Normalmente é utilizado como meio de contraste uma base líquida denominada Lipiodol, ou outro óleo contendo iodo num volume de 1,5 a 2,5 centímetros cúbicos, dependendo da glândula analisada. O procedimento baseia-se na observação de quanto tempo a glândula necessita para esvaziar-se completamente e se deixou resíduos de contraste.
A técnica de sialografia é extremamente útil em casos de processos inflamatórios crônicos e obstrutivos, entretanto apresenta limitações, pois não detecta lesões tumorais menores de um centímetro sendo úteis na visualização de processos malignos devido ao poder de invisibilidade e destruição do sistema ductal das glândulas avaliadas.
2. ANATOMIA
Os órgãos suplementares da digestão localizados no interior da cavidade oral incluem os dentes e as glândulas salivares. Estas secretam a maior parte da saliva encontrada na cavidade oral, que ajuda a dissolver os alimentos e facilita a digestão. Elas estão situadas adjacentes à cavidade oral e comunica-se com a boca por intermédio de ductos. Cada glândula é composta por vários pequenos lóbulos que formam os grandes lobos da glândula. A saliva é secretada para a cavidade oral pelo sistema ductal de cada glândula.
Os lóbulos contêm pequenos ductos, formando grandes ramos, que eventualmente se unem para compor o ducto principal que se esvazia na cavidade oral. A anatomia