Raddclif Brown

903 palavras 4 páginas
O IRMÃO DA MÃE DE UM HOMEM NA ÁFRICA DO SUL
Radcliffe-Brown

Neste texto, Radcliffe-Brown fala sobre o parentesco, as instituições matriarcais.
Nos povos primitivos em todo o mundo existe uma importância da relação entre o irmão da mãe e o filho da sua irmã, o que está relacionado com instituições matriarcais, provando desta forma que estes povos primitivos tinham sido matrilineares – de acordo com Junod, o qual defende este ponto de vista como sendo o único possível. Radcliffe-Brown discorda, tentando apresentar, ao longo do texto, uma hipótese alternativa.
Não existe muita informação sobre estas relações em muitas tribos africanas porque o estudo destas não começou há muito tempo, o que faz com que Radcliffe-Brown faça referência aos estudos feitos por Junod, tocando em 5 pontos cruciais:
1. O tio cuida do sobrinho;
2. O tio (irmão da mãe) faz sacrifícios quando o sobrinho adoece
3. O sobrinho tem muita liberdade em relação ao irmão da mãe;
4. Quando o irmão da mãe morre o sobrinho pode reivindicar parte dos bens;
5. O sobrinho pode comer a carne de um sacrifício que o irmão da mãe tenha feito.
Radcliffe-Brown afirma que nas Ilhas Amiga e no Fidji os costumes têm semelhanças com os costumes dos Bathongas (estudados por Junot). O autor faz referência a três povos (Bathongas, Namas e Tongas) que têm instituições patrilineares, ou seja, as crianças pertencem ao grupo social do pai. Estes costumes com o irmão da mãe evidenciam que no passado estes povos tinham instituições matrilineares.
Não só é importante o irmão da mãe como também é importante a irmã do pai, à qual existe uma obrigação de respeito e obediência nos Bathongas. Porém Junod pouco refere sobre este assunto. Nos povos Hotentotes Nama a irmã do pai de um homem é alvo de maior respeito por parte do filho do seu irmão e em Tonga a irmã do pai é o parente que está acima de todos.
O autor afirma que existe uma formação de padrões de comportamento que varia de sociedade para sociedade, porém

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