racionalismo

3141 palavras 13 páginas
ENTRE A FÉ E A RAZÃO

O cristianismo poderia ter se mantido exclusivamente no terreno da fé. Ao contrário da razão, que exige provas e demonstrações, a fé basta a si mesma. Crê-se, é o suficiente. O cristianismo, porém, não se satisfez com o credo. Entrou no terreno da filosofia. Mais do que isso, foi a forma que a filosofia assumiu por mais de um milênio.
Em contrapartida, a fé cristã assimilou procedimentos racionais.
Esse encontro, marcado por tensões entre a fé e a razão, iniciou-se no Império Romano, que propiciava a mescla de diversos valores culturais, e prolongou-se por toda Idade Média, quando a Igreja se tornaria preponderante.
Historicamente, o cristianismo origina-se das pregações de Jesus de Nazaré pela Judéia, então anexada ao Império Romano. Sua mensagem é simples: amar ao próximo, praticar a bondade e desprezar os valores deste mundo, pois a verdadeira morada do homem é o reino dos céus. Jesus se declarava filho de Deus, enviado ao mundo para redimir o homem dos pecados. Sua crucificação seria, nessa medida, o sacrifício do próprio Deus encarnado para salvar os homens.
Após a morte de Jesus (e sua ressurreição, de acordo com o Novo Testamento), essas ideias conquistaram inúmeros adeptos em várias regiões do Império. Nessa difusão – para a qual concorreu o infatigável trabalho dos apóstolos –, a mensagem de Jesus passou a se expressar em vários idiomas, como o grego e, mais tarde, o latim. O próprio termo “Cristo”, incorporado ao nome de Jesus, é de origem grega e significa “ungido”.

A filosofia, um “erro vazio”

A difusão do cristianismo trouxe, como era de esperar, um confronto entre a fé e a razão. O apóstolo Paulo (século I) é o primeiro a enfrentar essa questão. Ele estava habilitado para isso: judeu, mas cidadão romano, educou-se num ambiente imerso na cultura helenística.
Por isso, não se intimidou quando, em Atenas, viu-se diante de “filósofos epicureus e estóicos”, como narra o livro Atos, do Novo Testamento: “Atenienses, tudo

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