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1716 palavras 7 páginas
O texto “outsiders”, do autor Howard Becker, marca o estudo do desvio, abrindo esta linha de estudo na criminologia. Howard tenta, primeiramente, entender o que é o sujeito desviante e, então, inicia seu estudo sobre os outsiders. Existem duas formas de entender o que seria um outsider: pela perspectiva de quem julga e pela perspectiva de quem é julgado. Ou seja, quando uma regra é imposta, a pessoa que infringiu pode ser vista como uma pessoa que não se espera viver de acordo com as leis impostas pelo grupo, sendo, por isso, uma outsider. No entanto, a pessoa que foi julgada como uma outsider pode não aceitar a regra pela qual está sendo julgada, bem como pode achar aqueles que a julgam competente para fazê-lo, tem-se aí a situação de que não é o outsider não é o sujeito que infringiu alguma regra, mas sim seu (s) julgador (es). Assim, podemos notar que a visão de Becker está ligada a um relativismo sociológico ou, melhor dizendo, um perspectivismo, uma vez que o ponto de vista dele pode incidir sobre o do outro e dizer como vai ser.
Diante disso, surgem as questões de como explicar por que os sujeitos desviantes transgridem as regras e o que há neles que os levam a transgredir, para tentar responder tais perguntas, Becker aceitou duas premissas do senso comum: 1) de que o comportamento é inerentemente desviante e, por isso, pessoa é desviante; e 2) de que o ato desviante ocorre porque alguma característica do sujeito propicia a infração das regras. Ou seja: o desvio ou estaria no ato em si ou em alguma característica do sujeito desviante. Com essas premissas e com escopo de entender o porquê das pessoas transgredirem as regras e o que os leva a transgredir, Becker procura construir uma definição de desvio, expondo algumas definições usadas pelos cientistas.
A primeira concepção de desvio, e também a mais simples, é a estatística. Esta define o desvio como tudo aquilo que varia excessivamente em relação à média, seja para mais seja para menos. Em outras palavras,

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