Quimiodectomia

1519 palavras 7 páginas
12/09/2010

QUIMIODECTOMA EM CÃO: RELATO DE CASO
EstrelaMoreira, E.L.T.1; Estrela-Lima, A.1; Munford, N.D.2; Farias, S.S. 2; Costa, A.T.3 e Ribeiro, L.G.R.* 2

UFBA

1. Professor Departamento de Patologia e Clínicas, EMEV-UFBA. bteluiz@terra.com.br; 2. Graduanda de Medicina Veterinária EMEV/ UFBA; 3. Técnico do Laboratório de Anatomia Patológica (LABAP-UFBa)

INTRODUÇÃO
Quimiodectomas ou paragangliomas não-cromafins são tumores originados de órgãos quimiorreceptores. Tecidos quimiorreceptores são encontrados em diversas partes do corpo, como corpos aórtico e carotídeo, gânglios ciliares da órbita, pâncreas e nervo glossofaríngeo (Jones, et al., 2000; Capen, 2002). Esses tecidos são sensíveis a mudanças nas concentrações de oxigênio, dióxido de carbono e pH sanguíneo, auxiliando desta forma, nas funções cárdio-respiratórias (Capen, 2002). Embora a etiologia do quimiodectoma não esteja elucidada, predisposição genética associada à hipóxia crônica aparentemente aumentam os fatores de risco. Em cães, as neoplasias do corpo aórtico desenvolvem-se com maior freqüência em machos, com idade superior a oito anos, de raças braquiocefálicas como o bulldog, boxer e boston terrier, entretanto, existem relatos na literatura em gatos, bovinos e aves (Jones, et al., 2000; Yates, et al., 1980). Em sua maioria, os quimiodectomas, em cães, apresentam caráter benigno, surgindo como nódulos solitários ou múltiplos. Quando malignos, estão comumente associados a alterações dos tecidos adjacentes e apenas ocasionalmente, resultam em metástases para os pulmões e outros órgãos (Capen, 2002; Jones, et al. 2000). As manifestações clínicas podem variar, contudo quando ocorrem, estão normalmente relacionadas à efusão e tamponamento pericárdico (Souza et al, 2009). Estas neoplasias são raramente diagnosticadas em cães, principalmente por serem tumores não-funcionais, sendo encontrados ocasionalmente em exames clínicos de rotina (Souza et al, 2009) ou como achados de necropsia

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