Quilombo

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Quilombo
Recebiam no Brasil o nome de quilombo todo o agrupamento humano formado durante o período de escravidão composto principalmente por escravos de descendência africana ou brasileira, sendo que em muitos desses grupos eram encontrados também remanescentes de grupos indígenas, brancos europeus e brasileiros, mulatos, cafuzos e mamelucos. O fenômeno dos quilombos é comum a todo o continente americano, sendo praticamente impossível ter uma estimativa exata de quantos grupos existiram no Brasil até finais do século XIX. Atualmente, são identificadas mais de duas mil comunidades remanescentes de quilombo no país que lutam pelo direito de propriedade de suas terras. Praticamente todas as regiões do Brasil com alguma produção agrícola importante, onde predominavam os latifúndios rurais, possuem alguma comunidade formada a partir de um quilombo. Os estados onde mais se desenvolveram quilombos foram Bahia, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Alagoas.
As razões para a formação de tais núcleos são facilmente explicáveis: muitos senhores podiam ser benevolentes em seu trato com os escravos, mas outros tantos chegavam a um sadismo incrível, impondo frequentes torturas, castigos e penas cruéis a todo o indivíduo que desrespeitasse as regras impostas. Considerado um objeto, um bem, o escravo nem mesmo tinha permissão para calçar sapatos, e os seus pés descalços eram um humilhante e simbólico aviso de que aquele ser humano era um cativo.
Desse modo, o ambiente de opressão, trabalhos forçados e castigos encorajavam muitos escravos a tentar a fuga de qualquer maneira. Em muitos casos, o fugitivo já tinha um destino planejado, ou seja, comunidades em locais bem escondidos e fortificados no meio das matas, onde já viviam outros ex-escravos que conseguiram fugir com sucesso das senzalas. Ali, os indivíduos viviam de acordo com sua cultura, produzindo em forma comunal, mas, em muitos casos também, realizavam trocas e contatos com outros núcleos vizinhos que não eram

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