Questão de métodos: René Descartes, Francis Bacon, Edmund Husserl.
Liana Deise da Silva
A idade moderna é marcada pelo desenvolvimento do método científico. A definição de conhecimento deixa de ser religiosa para entrar num âmbito racional e científico. O teocentrismo é deixado de lado para dar espaço ou antropocentrismo.
Neste contexto, René Descartes cria o cartesianismo, privilegiando a razão e considerando-a base de todo conhecimento. Apoiado na matemática, conduz suas reflexões filosóficas em direção à verdade.
Partindo da percepção de que o homem se engana com facilidade e que os conhecimentos originários dos seus sentidos são muitas vezes duvidosos, impulsiona descartes a busca de certezas inabaláveis. Assim ele encontra na dúvida o caminho para a busca da verdade, e converte dúvida em método. Segundo ele a dúvida leva a um primeiro conjunto de verdades; “eu duvido, isso é certo. Se duvido, é porque eu penso, isso também é certo. Se penso, eu existo: é certo que eu existo porque penso.
Assim tem-se a primeira certeza cartesiana, “Penso, logo existo”. O Cogito cartesiano fundamenta a possibilidade da ciência. Dessa forma as ideias claras e distintas podem ser consideradas como verdades e, a razão deve ser o critério para construção do conhecimento.
Descartes almejava constituir um método universal, guiado pela exatidão da matemática e em suas longas cadeias de razão. Para isso foi muito preciso quando traçou quatro preceitos que seguidos afastariam das dúvidas.
O primeiro, Nunca aceitar algo como verdadeiro que eu não conhecesse claramente como tal; ou seja, de evitar cuidadosamente a pressa e a prevenção, e de nada fazer constar de meus juízos que não se apresente tão clara e distintamente a meu espirito que eu não tivesse motivo algum para duvidar dele.
O segundo, o de repartir cada uma das dificuldades que eu analisasse em tantas parcelas quantos fossem possíveis e necessárias a fim de melhor solucioná-las.
O terceiro, o de conduzir por