quem sou eu

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Quem eu sou? Ou quem somos nós?
Segundo o significado da produção capitalista, as pessoas são o que elas têm. Somos o quanto temos em monetário, somos o quanto de dinheiro temos. Se realmente somos isso, então, nós nos tratamos como sujeitos abstratos. Concorda? Como nos reduzimos a uma mera quantidade em dinheiro? O que faz nos tornar uma abstração? O que tem o dinheiro como força maior?
Há uma tendência de acreditar que aquilo que nós somos, é de fato exatamente daquilo que nos fazemos.
O trabalhador é uma mercadoria, então a lógica do salário é a mesma lógica da mercadoria, sendo que o valor de uma mercadoria é o tempo de trabalho nela impresso, é o tempo social para produzir aquela mercadoria. Enquanto ao trabalhador é aquilo que é necessário para ele se reproduzir enquanto trabalhador físico. Então o salário ele tem o mínimo que é o necessário para o trabalhador está vivo, para ele reproduzir suas funções biológicas, como comer, beber, se vestir e ter um lugar parar morar, para recuperar suas energias e voltar para o trabalho.
Dessa forma os trabalhadores são obrigados a vender a sua força de trabalho, porque eles não têm acesso direto aos meios de produção ou de subsistência, nem o capital que lhes permita trabalhar por sua própria conta.
Nós somos convertidos em uma abstrata quantidade de tempo de trabalho que podemos desempenhar na produção da riqueza.
É este o nosso valor.
Na produção capitalista, não importa vossos valores, princípios ou credos, importa é quanto você pode produzir. E se para a produção capitalista o seu fundamento é baratear custos e elevar lucratividade, nós somos as peças mais descartáveis desse sistema.
Contudo, nos tornamos seres abstratos, em outras palavras nos tornamos escravos de nossas próprias obras, onde estas ganham vida própria e nós, nos convertemos em coisas, consequentemente nos tornamos alienados.

André Junior Silva Leite, em 08/02/2012.

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