quase deuses

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Helena Parente Cunha. As doze cores do vermelho

CUNHA, Helena Parente. As doze cores do vermelho. 2 ed. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1998. 109 p.
Resenhado por

Fabiana Rodrigues Carrijo1
Rede Municipal de Ensino de Catalão-GO

Ela continuará a deitar a cabeça no colo da mulher negra para chorar caminhos e descaminhar primaveras e desflorecer. (Helena Parente Cunha)

As doze cores do vermelho, romance de Helena Parente
Cunha, conquanto não seja a obra mais citada da autora2, se constitui em uma narrativa singular: três ângulos narrativos relatando a estória/estórias de uma personagem em três momentos: passado (a infância narrada por uma primeira pessoa: alguém que se institui
‘EU’); o presente (alguém se institui e conta a estória em segunda pessoa ‘VOCÊ’) e o tempo futuro (um narrador de 3ª pessoa narra a estória do ‘ELA’):
Esta é uma estória de simultaneidades, em três tempos e três vozes, num tecido que se estende e se desdobra nas três colunas de cada capítulo. Uma pintora, a personagem principal, na primeira coluna se apresenta como o eu que se reporta ao passado. A segunda coluna se sustenta por uma voz dirigida à protagonista através de um você vivido no presente. O ela da terceira coluna se refere à personagem em suas vivências futuras
(CUNHA,1998, p. 133).

Mestre em Linguística pela Universidade Federal de Uberlândia, Professora de Língua
Portuguesa da Rede Municipal de Ensino. Atualmente desenvolve projetos de leitura direcionados aos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. E-mail: [e-mail]
2
A obra mais citada trata-se de A mulher no espelho. 9ª edição. Rio de Janeiro: Edições
Tempo Brasileiro, 2003.
3
A partir deste momento todas as citações serão pontuadas com as iniciais do romance, seguidas do número de página.
1

Poiésis Pedagógica - v. 5/6 - p. 167-170 - jan./dez. - 2007/2008

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As doze cores do vermelho

Para além da fascinante e intrigante narrativa em três tempos,